O FIM DA JUSTIÇA ELEITORAL

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) armou a maior das vergonhas de nossa
República. Na verdade a não cassação da chapa Dilma – Temer significou o
sepultamento da justiça eleitoral brasileira. O Presidente do TSE, Ministro
Gilmar Mendes, amigo de Michel Temer, logo nos primeiros momentos daquele
simulacro de julgamento, deixou claro que o objetivo daquilo não era cassar
ninguém, apenas conhecer os meandros das falcatruas. Gastaram tempo dos
brasileiros e dinheiro público com uma farsa. Fizeram do bem construído
relatório do Ministro Herman Benjamin uma tese acadêmica. Gilmar Mendes
preferiu jogar água na fervura com seu voto de minerva. O voto do ministro
foi político e sem convicção técnica. Conseguiu enterrar a reputação do TSE
e provavelmente jogar uma pá de cal na operação Lava Jato. A partir de agora
muito mudará. A casacão dos partidos criminosos, a prisão de Temer, Aécio,
Lula, em fim toda a cambada, ficará em cheque. Como as delações premiadas
podem não servir de bases firmes para aquele processo no TSE? Precisam de
mais evidências? Vagabundos que usurpam da fé popular, do trabalhador
desempregado, das classes menos abastadas cada vez mais miseráveis, do
empresariado, das pessoas de bem. Enquanto se refestelam com o dinheiro
público, o Brasil chafurda no caos econômico, moral, ético e social. Como
continuar com essa corja no comando do País? Rumamos para terreno perigoso.
Há notícias que a Presidência da República mandou a Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) investigar a vida do Ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) Edson Fachin, relator da operação Lava-jato. Mesmo depois de
ter telefonado para a Presidente do STF Ministra Carmem Lúcia, a mesma
mandou investigar o caso. A Procuradoria Geral da República (PGR) oponde-se
ao STF, o Poder Executivo contraponde-se ao Poder Judiciário. Nossa
democracia está em risco, nossas instituições estão ameaçadas. Com o
descalabro geral, o clima de “quanto pior melhor”, a desilusão nacional, a
bandalheira política partidária, o fim das soluções simples e impagáveis,
chegou à hora da nação se unir. Importante deixar o egoísmo de lado e
exercer o nacionalismo patriótico. Deixar para trás os políticos de
estimação, raposas de alcova, criminosos públicos, que devem pagar por seus
erros de forma legal e implacável. O povo deve se unir e tomar as ruas
pedindo imediatamente a saída de Michel Temer da Presidência da República.
Precisamos recomeçar.