NDEPENDÊNCIA OU MORTE, QUANDO?

Faz 195 anos, sem cavalos brancos, “Dragões da Independência”, fardões,
espadas em punho, pompa e circunstância, nada com o quadro, “Independência
ou Morte”, encomendado pela família real a Pedro Américo, provavelmente
inspirado no quadro “ A Batalha de Friedland”, de Ernest Meissonier de 1875,
no qual o autor retrata a vitória de Napoleão na batalha homônima.
Compromisso de luta e sangue de Tiradentes e os inconfidentes, General
Latut , a religiosa Joana Angélica, Lord Cochrane, Maria Guitéria, Madeira
de Melo, Visconde de Pirajá, José Bonifácio, a apaixonada Imperatriz
Leopoldina, o idealista D. Pedro I, o Rei de Portugal, seu pai, D. João VI,
e muitos populares. Foi quando em tese deveríamos conquistar nossa
autonomia política. Muitas tentativas anteriores ocorreram e muitas pessoas
morreram na luta por este ideal que até hoje não conquistamos, somos reféns
de quadrilhas e o povo sofre. Não foi o Lulopetismo que inventou o assalto
aos cofres públicos, a bandalheira, os planos mirabolantes para se eternizar
no poder, o usufruto do público como privado, desde sempre foi assim. Em 9
de janeiro de 1822, D. Pedro I recebeu uma carta das cortes de Lisboa,
exigindo seu retorno para Portugal. Há tempos os portugueses insistiam nesta
idéia, porém, D. Pedro respondeu negativamente e proclamou: “Se é para o bem
de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que fico.” Após o Dia do
Fico, D. Pedro tomou uma série de medidas que desagradou a metrópole, pois
preparavam caminho para a independência do Brasil. Convocou uma Assembléia
Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, expulsou as tropas de Portugal,
etc. Determinou também que nenhuma lei de Portugal seria colocada em vigor
sem a sua aprovação. Além disso, conclamou o povo a lutar pela
independência. O príncipe fez uma rápida viagem à Minas Gerais e a São Paulo
para acalmar setores da sociedade que estavam preocupados com os últimos
acontecimento, pois acreditavam que tudo isto poderia ocasionar uma
desestabilização social. Durante a viagem, D. Pedro recebeu uma nova carta
de Portugal que anulava a Assembléia Constituinte e exigia a volta imediata
dele para a metrópole. Em 7 de setembro de 1822, proclamou e divulgou nossa
“ Independência” No mês de dezembro de 1822, D. Pedro foi declarado
imperador do Brasil. Hoje temos inconfidentes e “Pedros” a menos, Cortes e
Coroas tiranas a mais, assim como povo mudo e pálido.