EX-PRESIDENTE TEMER

Ex-presidente? Sim, não tem mais condições de governar, não
manda em mais nada. O “lobo perde a pele, mas não perde os hábitos” e Michel
Temer é o mesmo que Lula, Dilma, Renan, Collor, Serra, Sarney, Aécio e
outros malandros. Temer vem dedicando seu tempo ao mesmo que Dilma em seus
últimos momentos. Até as infames gafes do “Poste” do Partido dos
Trabalhadores vem cometendo. De fato, a traição é regra número um da
política. Como ratos no porão de um navio, a base que ainda apoiava Michel
Temer vem se dissolvendo como açúcar e parece estar prestes a jogá-lo aos
leões. Nesse caso o fiel da balança é o PSDB, rachado, titubeante, em cima
do muro, aliás, como sempre foi, porém dessa vez com seus líderes dando
cabeçadas. O PSDB com Temer perde, sem Temer perde também e certamente
depois que tudo isso terminar, não se sustentará unido. Nosso ex-presidente
em atividade, em recente viagem a Alemanha para reunião do G20, grupo
formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19
maiores economias do mundo e União Européia, foi insólita. Gastança de
dinheiro público para ridicularizar o Brasil com mentiras e gafes, onde
nenhum acordo bilateral foi fechado, nem uma reunião importante, nem mera
intenção de algo produtivo e republicano. E o embargo da carne brasileira
nos Estados Unidos? Não era o momento certo para abrir diálogo? Temer não
tem mais estatura moral para ser levado a sério. A revista Época divulgou
nesse final de semana que 334 parlamentares garantem que vão a sessão que
definirá o destino de Temer, assim, o presidente terá de se esforçar para
juntar ao menos 172 votos contrários à denúncia, uma tarefa que parecia
fácil tornou-se difícil e pode se transformar em quase inexeqüível para um
governo tão exaurido. Os brasileiros que votaram em Dilma, também votaram
em Temer, seu vice de chapa. Quem não votou na chapa Dilma e Temer, nem
votou branco ou nulo, votou noutra porcaria, Aécio Neves, por tanto somos
todos responsáveis pelo recomeço, inicialmente com o Presidente da Câmara
dos Deputados, Rodrigo Maia DEM-RJ e depois por aquele que o Congresso
Nacional eleger de forma indireta, daí, só aguardar outubro de 2018 com
esperança de renovação completa da elite política que sufoca a República
Brasileira.